Estresse é uma palavra derivada do latim e utilizada em 1936 pela primeira vez na medicina para caracterizar qualquer agente ou estímulo, nocivo ou benéfico, capaz de desencadear no organismo mecanismos neuroendócrinos de adaptação. Alguem já te perguntou se você lida bem com o estresse?
Para se adaptar à nova situação, o corpo desencadeia reações que ativam a produção de hormônios, entre eles a adrenalina. Isso deixa o indivíduo em “estado de alerta” e em condições de reagir, prepara o organismo para a luta, fuga ou para preservar sua integridade. A partir do sistema nervoso autônomo e não somente do psiquismo, o indivíduo alerta todos os órgãos e os prepara para uma batalha.
Estar em situação de estresse ocasionalmente não é prejudicial ao organismo. A permanência neste estado, contudo, pode causar uma infinidade de complicações, entre elas o enfraquecimento do sistema de defesa, enfermidades. O estresse apresenta algumas fases de evolução: (1) Fase de alerta – ocorre quando existe reação a uma ação externa. Nesta fase, podem surgir sintomas fisiológicos como taquicardia (batimento mais rápido e forte do coração), respiração acelerada e suor frio; (2) Fase de resistência – o organismo procura adaptar-se (neste caso o estresse passa praticamente despercebido) e o fator de estresse pode acabar ou permanecer. No último caso o corpo responde com mudanças de comportamento, humor e insônia e evolui para a terceira fase; (3) Fase de exaustão – em persistindo a situação de estresse, é possível surgir uma série de doenças crônicas. Neste último estágio podem aparecer problemas emocionais, hipertensão, úlceras, gastrites, fadiga crônica, diabetes, alterações no sono, dentre outras manifestações.
É importante fazer uma diferenciação do estresse, classificando-o quanto a sua natureza e duração: (A) Euestresse – possui um valor positivo, onde se apresentam dificuldades que são superadas e promovem a evolução do indivíduo. É o que acontece, por exemplo, na iminência de uma competição; (B) Diestresse – nocivo, que não consegue ser assimilado e acaba provocando transtornos. Quando a pessoa se coloca em situações de tensão permanente, acaba minando não somente toda sua energia psíquica, mas também a energia física; (C) Agudo – situações de pressão com grande intensidade e curta duração, em geral tem valor positivo; (D) Crônico – situação que perdura no tempo e tende a se agravar continuamente. As reações fisiológicas são similares no euestresse e diestresse: extremidades (mãos e pés) tendem a ficar suadas e frias, a frequência cardíaca e pressão arterial tendem a subir, o nível de tensão muscular tende a aumentar, etc. Talvez um dos aspectos mais flagrantes dos efeitos negativos do estresse é a redução da qualidade de vida das pessoas, com reflexos altamente negativos no desempenho profissional (diminuição de produtividade, por exemplo), assim como em diferentes áreas da vida pessoal. As consequências podem aparecer em qualquer órgão e, nesse caso, o estresse se manifesta nas partes mais frágeis do organismo como, por exemplo, em forma de úlcera, infarto, problemas na pele ou hipertensão.
Exemplos de reações somáticas ao estresse: Sistema Imune: é comum a relação entre o estresse e o aparecimento de determinados tipos de alergia de pele, como a urticária, alergia respiratória, sintomas de rinite e asma podem ser desencadeadas por um choque emocional. Sistema Osteomuscular: a tensão de origem nervosa aumenta a contratura muscular e se desdobra em diversos efeitos: desde as vulgares dores de cabeça – que atingem normalmente a nuca e a testa – até doenças como a artrite reumatoide, LER (lesão por esforço repetitivo) e fibromialgia (que provoca graves dores musculares generalizadas) podem ser desencadeadas pelo estresse. Urologia: cerca de 60% dos casos de impotência sexual são atribuídos a fatores emocionais. A ejaculação precoce é outro problema frequentemente originado por fatores emocionais. Cardiologia: situações de estresse ativam o cérebro, que descarrega estímulos elétricos tendo o coração e os vasos sanguíneos como pontos finais da estimulação. Em pessoas sadias, essas alterações não causam graves problemas, no entanto, em indivíduos portadores de doenças cardíacas como angina de peito e insuficiência cardíaca, o estresse pode desregular o funcionamento do coração, podendo ocorrer infarto agudo do miocárdio com morte súbita.
O vitalismo é uma das bases da homeopatia, que entende qualquer adoecimento tendo início em uma alteração da energia vital que anima os seres vivos. Os próprios sintomas iniciais do estresse são considerados como sinais desse início de alteração da vitalidade, quando já se manifestam sintomas inespecíficos (alteração do sono ou humor ou indisposição geral), porém ainda não há o acometimento de um órgão específico e em geral os exames laboratoriais estão normais.
Ao tratar o indivíduo em sua totalidade em vez de buscar somente a cura do órgão acometido isoladamente apresenta-se como um método eficaz de combate ao estresse e suas consequências, atuando tanto em sentido curativo, em um primeiro momento ao tratar as doenças desencadeadas, quanto preventivo ao ajudar a prevenir recidivas e sequelas no prosseguimento do tratamento ou ainda minimizando o desenvolvimento de patologias predispostas.
Sendo cada organismo diferente dos outros, dois pacientes com a mesma queixa (gastriste nervosa, por exemplo) provavelmente serão tratados com medicamentos diferentes, cada um com o mais apropriado às suas características pessoais, sempre individualizando para cada um de acordo com as suas peculiaridades. Como esse desequilíbrio atinge o organismo inteiro, todos os sintomas são importantes para determinar qual o medicamento para cada paciente, e não apenas os de uma doença isoladamente – uma vez que todo o organismo sofre com o fígado doente e não apenas aquele órgão. O tratamento pode ser iniciado na fase aguda ou crônica, paralelamente a qualquer tratamento alopático, o qual pode ser retirado gradativamente conforme não seja mais necessário e isento de riscos para o paciente – caso contrário, é mantido. Pacientes em vigência de tratamento psicoterápico costumam se beneficiar da associação.
Por tratar as pessoas restaurando a vitalidade alterada a Homeopatia vai poder atuar nas diversas áreas afetadas pelo Estresse. Assim, por exemplo, ocorre uma diminuição da frequência e intensidade dos sintomas alérgicos, sejam respiratórios ou de pele; melhora das dores relacionadas ao sistema osteomuscular (secundárias a doenças reumatológicas ou não); além de melhora geral da qualidade de vida quanto à disposição, ânimo, humor, etc…
Em resumo, o estresse é uma reação natural visando preparar o organismo frente à determinadas situações, podendo ser benéfico ou prejudicial, dependendo da situação (e de sua duração) e de como ela é interpretada pelo organismo de cada um. Nesse contexto, levando em conta o ritmo competitivo em que vivemos, a Homeopatia apresenta-se como uma opção terapêutica efetiva, com reduzidos efeitos colaterais, além de comumente atuar na origem do distúrbio e não somente no sintoma final.
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